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sábado, fevereiro 23, 2013

Agora a sério

Regresso a este meu espaço em força após um período da minha vida um pouco mais atribulado... mas está tudo bem.

Ora então, vamos lá ao meu tema preferido: o meu filho Rodrigo, três anos e meio.

O puto já está mesmo a falar! Pais de toda a parte e mais alguma que têm pequenos que estão atrasados na fala: calma e persistência. Com a terapia adequada e muita estimulação a coisa dá-se. Mantenham a esperança em alta e inspirem-se no caso do Rodrigo para que não deixem de acreditar que mais tarde ou mais cedo eles começam a falar.

Mas agora que fala, já não precisa de mim nem do Zé para lhe enumerarmos coisas, como letras e números, as suas grandes obsessões desde bebé. Fá-lo sozinho e nessa área acabamos por perder um pouco o controlo.

Tanto que vamos voltar a dar-lhe a risperidona que deixou de tomar em Dezembro. É que gradualmente tem regressado às estereotipias, bem como ao comportamento muito agressivo.

Conta em voz alta até cem, vezes sem conta, e adormece sempre comigo a contar. Normalmente adormece no tempo de eu contar até ao cem duas vezes, com uma melodia que inventei. Durante o dia só quer saber de algarismos e mesmo quando lhe leio histórias já nem liga muito ao enredo, mas antes aos números das páginas. Sabe o dia em que nasceu, bem como os aniversários de todos os familiares mais chegados; sabe a idade de cada um de nós; desenha até ao três; faz birra para ser ele a programar os minutos da bimby ou do microondas; mexe no volume da tv para ver os números baixar e subir; sabe quanto calça... tem três anos e meio. Com as letras é mais calmo, mas durante o dia também diz o abecedário muitas vezes, não conseguindo apenas dizer o J.

Já para não falar que está muito mais impulsivo. Voltou a bater-nos e recentemente os ataques de fúria têm sido muito agressivos. É muito mimoso, mas quando é contrariado vira um bicho e damos por nós a prender-lhe os braços e as pernas para não nos magoar nem se magoar a ele. Acaba por ficar sozinho numa divisão para acalmar, o que acaba por acontecer.

Ou seja, por muita vontade que eu e o Zé tenhamos em que ele se veja livre de remédios (por conselho médico, obviamente) é incontornável que neste momento precisa deles.

De um modo geral, é um puto muito esperto, socialmente está impecável, é afectuoso e, como já fala, está naquela fase de ter saídas que nos deixam a rir. Mas pronto, venha de lá a risperidona, que para já ainda precisa.

3 comentários:

Helena Barreta disse...

Que boas notícias.

Gosto muito de vir aqui a este seu cantinho, passo sempre em silêncio, mas hoje tinha que vos dar os parabéns. Desejo-vos o melhor e que tudo continue no bom caminho.

Um beijinho

Helena disse...

Oi, a minha quando se "passa" eu deito-me em cima dela e imobilizo-a - isso acalma-a quase instantaneamente - já experimentaram alguma vez?

bjs

Juanna disse...

Anda Anette, não te aborreças com isso. Se ele precisa, pronto, precisa. Tenta lembrar-te da história que te contei da filha da minha amiga. Onze anos e ai do dia em que não tome o seu ritalina (ou lá como se chama), vira bicho chorão e agressivo (curioso, não é?). É como te disse uma vez há uns meses, se fosse uma bomba de asma fazia-te tanta impressão? Eu preciso da bomba de asma desde pequenina, viemos defeituosos mas muito saudáveis simultaneamente :D

Fico contente pelos avanços do Rodrigo, fico mesmo contente.